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Blairo admite que Silval foi “erro político” e queria ter Mauro como o seu sucessor
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O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), que encerrou a quarentena de seis meses após ter deixado o cargo no Governo Federal, classificou como “erro político” a escolha de Silval Barbosa (sem partido) como sucessor. A mea culpa foi feita em 20 de julho, durante entrega de 17,5 KM de pavimentação asfáltica na MT-244 em Campo Verde, na presença do governador Mauro Mendes (DEM) e diversas autoridades do Estado.
Além da avaliação sobre Silval, Blairo foi além. Revelou que desde 2010 queria Mauro no comando do Palácio Paiaguás.
“Terminei minha passagem pela política em 31 de dezembro. Desde então, me impus uma quarentena. Essa minha primeira participação em um evento político. Hoje, podemos comemorar ou retomar um rumo que perdemos em 2010. Quando eu deixava o governo do Estado, meu candidato à sucessão não era o Silval Barbosa, meu candidato era o Mauro Mendes. Mas politicamente, não tivemos a inteligência e a paciência de construir o que queríamos. Hoje, passados oito anos e dois governos, temos a possibilidade de ver Mauro à frente do Paiaguás. Sempre acreditei e confiei que ele [Mauro] poderá fazer um trabalho muito melhor do que já fiz na época como governador. Portanto, venho aqui trazer o aval e dizer que o povo pode confiar no seu trabalho”, declarou Blairo.
Ocorre que em 2006 Silval foi eleito vice para o segundo mandato de Blairo como governador. Assumiu a chefia do Executivo quando ele renunciou para disputar o Senado em 2010.
Naquele ano, Silval concorreu à reeleição com apoio de Blairo e venceu a disputa para governador. Inclusive, derrotou Mauro ainda no primeiro turno, com pouco mais de 50% dos votos válidos.
No mesmo discurso, Blairo afirmou que o Governo Mauro está reconquistando a confiança do setor produtivo e do empresariado mato-grossense. Defendeu ainda o investimento em estradas para o escoamento da produção agrícola.
“Só tem um rumo para fazer e trazer os produtores, empresários e população para dentro dos projetos que o governo pode fazer. Se fiz muitos asfaltos, rodovias, não é porque o governo tinha muito ou pouco dinheiro, mas sim porque o governo tinha credibilidade junto ao setor privado, aos produtores que bancavam e cuidavam das obras. Todos sabiam que o governo não iria fugir de suas responsabilidades ou daquilo que foi combinado com as associações e consórcios rodoviários. Mauro vai retomar a confiança e o ritmo de obras que tínhamos. Mato Grosso ainda é um Estado que tem muito para ser feito”, completou.
Ao reafirmar que Silval foi um “erro político”, Blairo voltou a dizer que acredita que Mauro levará Mato Grosso para um “futuro melhor”. Em sua opinião, o caminho é a construção e a manutenção das estradas.
“Aprendi na campanha de 2002, andando pelo Vale do Araguaia, quando li em uma faixa: o progresso não anda em estrada de chão e nem dorme no escuro. São duas coisas que o governo precisa fazer, estradas e cuidar delas. Que coloque pedágio, nós pagamos. Queremos que as estradas estejam boas para que os produtores possam ganhar recursos com suas atividades para reinvestir. E todos terão oportunidades de crescer. Nós, depois de oito anos de um erro político que cometemos, temos o governo que vai levar Mato Grosso para um futuro melhor”, concluiu.